sexta-feira, novembro 4

Fora do Normal - Capitulo 2


Capitulo 2

Estava há duas horas à porta da diretora. Ao que parece a vitima foi a Teixeira, e para ajudar as suas seguidoras: Irene e Mariana. No meu lado estavam três rapazes, Margarida e mais duas pessoas que eram testemunhas.
- Laura? - ouvi a voz que não parei de escutar durante todo o dia.
- Sim?! - falei exausta. Já não podia ouvir a voz dela. Tinha as mãos na cabeça, e os braços apoiados nos joelhos.
- Em que estás a pensar?
- Que vou ficar de castigo o resto da minha vida. - balbuciei.

- Achas que elas se vão safar? - perguntou-me nervosa.
- Como sempre. - assenti.
- Só se quisermos. - ouvi uma voz masculina, ao levantar a cabeça vi um dos três rapazes. - Mateus. - apresentou-se. - Estes são o Adão e o Dinis.
- Olá, Margarida. - a rapariga a meu lado deu um enorme sorriso.
- E tu, loirinha, não te apresentas? - perguntou-me o tal de Mateus.
- Se me voltares a chamar isso… - suspirei e tentei manter a calma. - Laura.
- Laura…
- Apenas Laura.
- Os seguintes podem entrar. - a secretária, a Senhora Júlia, mandou-nos entrar. Da sala da diretora saíu o trio maravilha, olhando-me a murmurar entre si.
- Menina Reinol. - a diretora levantou-se da cadeira.
- Bom dia. - dei um aceno.
- Margarida Santos… É a primeira vez que a vejo no meu escritório. - a diretora Dulce sentou-se na cadeira, fazendo sinal para que nos sentássemos também. - Laura, Laura. - suspirou a olhar para mim. - Pensei que o teu pai tinha falado contigo.
- E falou. Eu não fiz nada.
- Hum… Mateus, Dinis e Adão, posso saber a razão pela qual estão metidos nesta confusão?
- Porque a Santa Constança é uma…
- DINIS! - chamou à atenção a diretora.
- Peço desculpa.
- A Laura intrometeu-se para me defender. - falou Margarida. - A Constança estava-me a insultar e a Laura defendeu-me, acabando ela por se prejudicar.
- Ora muito bem, sendo assim desta vez passa Laura. Não vou telefonar para o seu pai. - não consegui suster o suspiro.
- Obrigada.
- Não tem o que agradecer, mas se durante esta semana oiço mais alguma confusão com o seu nome pelo meio, vou ser obrigada a telefonar-lhe.
- Não haverá prometo-lhe.
Saímos todos da sala em silêncio, e a olhar o chão.
- Temos que fazer alguma coisa. - disse… Acho que era Adão.
- Vingança? - perguntou a Margarida.
- Claro, miúda. - Dinis deu um sorriso torto e piscou-lhe o olho. Nada convencido…
- Alinho. - Margarida sorriu. Estava espantada. Tinha pensado que ela era mais do tipo marrona e tímida.
- E tu loirinha?
- Não. - respondi-lhe sem sequer olhar para trás.
- Pensei que eras forte como tudo.
- E sou, mas não vou sujar as minhas mãos com aquele trio de purpurinadas e ser expulsa.
- Hum… - Mateus, que agora andava a meu lado, ficou a pensar no que eu dissera. - Tudo bem então. Fazemos longe da escola. Num sítio com muitas pessoas. De maneira a não parecer que fomos nós.
- O bar? - disse Adão.
- É isso mesmo, meu. - Dinis deu-lhe um murro no braço, como festejo. Nunca compreendi porque fazem isto…
- Que bar? - perguntou a rapariga.
- É o bar do pai do ex-namorado da Constança. O único rapaz que acabou com ela, mas que ela disse que acabou com ele primeiro. O normal. - disse dando de ombros.
- Por aqui as coisas normais são estranhas. - comentou num murmúrio a rapariga.
- E ainda não viste nada. - sorriu-lhe Mateus.
- Podemos falar disso hoje, na festa de Halloween no bar. - disse Dinis.
- Não sei onde é, nem tenho nenhum disfarce. - Margarida lamentou-se.
Todos os rapazes ficaram a olhar para mim como se esperassem que eu dissesse algo.
- Ok, ok, percebi. Margarida vens para minha casa e eu arranjo alguma coisa. Encontramo-nos na festa?
- A casa do Adão fica uma rua abaixo da tua, e pelo que sei não tens nenhuma licença para conduzir. - disse Mateus.
- Sete da tarde. Em ponto. - sorriu Margarida.
Após algum tempo, Margarida falou com a mãe que permitiu, e como é óbvio, tive que perguntar ao meu pai. Ao inicio estranhou, a voz até lhe falhou, mas acabou por dizer que sim. Agora estávamos no meu quarto, enquanto eu retirava coisas do meu armário para ver o que servia a Margarida.
- Tu só te vestes de preto?
- Na maioria das vezes. - dei de ombros.
- Então… Vou de gótica…
- Se é isso que me achas, sim.
- Hum… - ouvi a rapariga se sentar na minha cama. - Tu o que vais vestir?
- Qualquer coisa que encontre. AH!
- Encontraste-o? - perguntou-me.
- O que achas? - mostrei-lhe o vestido.
- UOU!! Onde arranjas-te isso?
- Fui eu que fiz. - comecei a arrumar as roupas que tinha espalhadas pelo quarto. - Trabalhei como costureira um ano no teatro da escola. Houve uma peça em que as roupas tinham que ser antigas, e eu fiz esse para a personagem principal. Agora, vai-te vestir, enquanto eu procuro um vestido qualquer, ok?
- Ok.
Abri de novo as portas do armário e procurei o que ia vestir.
- O que achas? - Margarida apareceu com o vestido vermelho vestido. Ficava-lhe muito bem.
- Ótimo! Agora falta: cabelo, maquilhagem, sapatos alguns acessórios e pronta.
(…)
- Como estou? - entrei no meu quarto toda vestida para a festa.
- Fantástica! - deu-me um enorme sorriso. Margarida estava fantástica com os últimos pormenores que faltavam. Tínhamos decidido que ela era algo como uma vampira de um século passado. Já eu vesti o que encontrei mais rapidamente. - Adoro o pormenor da tiara.
- Encontrei nas roupas de halloween de criança.
Tiririm. Ouviu-se um telefone tocar.
- São os rapazes, estão à porta. - avisou-me Margarida.
- Vamos?
Saímos as duas do quarto. A subir as escadas vinha o meu pai. Parou a meio e ficou a olhar-nos assustado.
- Deu resultado. Ficas-te assustado! As nossas roupas vão ficar ótimas no baile. - tentei amenizar a situação.
- Desculpem. Olá, o meu nome é Miguel, tu deves ser a Margarida.
- Margarida Reinol, senhor Reinol.
- Apenas Miguel, querida.
- Bem, temos que ir. Beijos. - mandei beijos no ar e puxei Margarida pelas escadas abaixo.
- Boa festa. Não venham muito tarde! - abri a porta de entrada, e saímos. Assobios, bem típicos dos piropos apareceram vindos do carro onde estavam os rapazes.
- Vocês estão… - começou Dinis.
- Umas brasas. - acabou Adão.
- Totalmente. - finalizou Mateus.
- Obrigada, agora temos que ir. - entramos todos no carro. Adão foi a condizer, enquanto o Dinis veio atrás comigo e com a Margarida.
- Já alguém teve ideias para o que lhe vamos fazer? - perguntou Margarida.
- Neste momento não me consigo concentrar. - disse Dinis levanto uma pequena estalada de Mateus. Tão infantis…
- CUIDADO!!!!

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Espero que tenham gostado, e quero agradecer à TwilightObsessionPortugal por ter comentado, fiquei realmente feliz. Este capitulo foi dedicado para ti. E aliás, O AMANHECER VEM AÍ UHUH!!
PS: Sim, sou uma FÃ Twilight... Quem não é? ;)

BEIJOS, até ao próximo capitulo.

4 comentários:

  1. Ola querida!
    Eu mudei recentemente o blog, tipo hoje. Agora chama-se O dia em que te esqueci.
    Olha mas muiito obrigada :') Estou mesmo emocionada, obrigada mesmo! Que grande surpresa, eu aqui nas calmas a ler mais um capítulo e ele é dedicado a mim! OMG estou mesmo feliz! Obrigada :D
    Beijinhos
    Marina P.

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  2. P.s Já viste Amanhecer?
    Eu já, esta lindoo <3

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  3. Estou a amar a história, queria pedir-te uma coisa !
    será que me arranjas o mail da outra administradora do blog ? A Daniela.
    qeria dar-lhe um conselho, pfffffff

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  4. e já agora em que sites arranjas os temas que tens no blog ?

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