domingo, outubro 23

Fora do Normal - Prólogo

Como 'prometido é devido' aqui está o Prólogo do Fora do Normal, esta semana talvez vá haver o 1º Capitulo. Espero que gostem. Comentem ou cliquem um 'Bom' lá no fim.

Fora do Normal

Prólogo


Rosa definitivamente não era a minha cor, e brilhantes não seriam coisa que vestisse. Maquilhagem? Apenas o meu fantástico lápis preto. Saias? Jamais, nem morta. Bem que a Tia Gertrudes tentava… Amigas não me interessavam, apenas uma ou duas colegas serviam.



Não sou a típica rapariga que ouve Justin Bieber, ou que os rapazes beijam o chão em que ando, na realidade menosprezam-me, não que me importe (até agradeço). Considero-me normal. A Tia chama-me aberração, mas o meu pai protege-me dizendo que esta, sou eu. Sei que na realidade pensa de modo diferente. Como não gosta de discutir comigo apenas consente.

Por vestir-me de preto significa que sou bruxa ou por desenhar caveiras indica que falo com mortos? Não. As pessoas é que têm medo do desconhecido. E daí? Desde que não me chateiem…

Antes era do tipo mimada: filha única, quarto todo cor-de-rosa (até enjoava), malas com purpurinas, sempre ansiosa por quando poderia me maquilhar. Agora cresci, sei o quanto a vida torna-se difícil. Não comecei a usar preto por a minha mãe ter morrido - como todos diziam - nem mesmo por estar de luto, mas sim pela necessidade da alegria que ela me trazia.

“A roupa que vestimos demonstra o nosso estado de espírito.”, a professora de Língua Portuguesa dizia sempre que alguém mandava uma frase idiota acerca de mim. Se o que vestimos demonstra o nosso estado de espírito, eu visto-me de preto. Se por dentro estava morta porquê parecer viva na aparência?

Não existia uma lei que dissesse que era proibido. Onde estavam os Direitos Humanos que a professora de História nos obrigou a fazer aquele trabalho de 20 páginas? Conclusão que retirei desse trabalho: tempo desperdiçado já que ninguém os respeita. Por me vestir assim significa necessitar de um psicólogo? Foi o que a velha da auxiliar da escola me gritou no corredor. Solidão não é um defeito, é uma grande qualidade. Não ser influenciado, não ter que agradar a ninguém e nem te julgarem.

Neste momento, a minha vida é como uma bola: está sempre a rodar apenas com alguns momentos de repouso.

Sou quem sou, e quem me quer tem que aceitar.

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Sem esquecer meus leitores, coloquem um 'Bom' ou um comentário. Vemo-nos ainda esta semana.


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